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O site do museu cita Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes logo na entrada: “Every passion, ultimately, has its spectator… (there is) no amorous oblation without a final theater“.
A ideia do Museum of Broken Relationships, na Croácia, é pra lá de original (e poética): um espaço inteiramente dedicado aos relacionamentos passados.
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A idéia foi da artista Olinka Vistika que, após o fim de uma história de amor, reuniu todos os objetos que representavam seu relacionamento e seu término. Convidou alguns amigos a fazer o mesmo e assim criou o espaço.
Lá é possível encontrar cartas românticas, fotografias, anéis de compromisso, vestido de casamento, entre outros pertences. Os objetos ficam no anonimato, mas cada um tem o seu relato.
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Um veterano de guerra doou, por exemplo, a prótese de sua perna. Para ele, a prótese simbolizava sua história de amor com a enfermeira que cuidou dele. “A prótese durou mais do que o nosso amor. Aparentemente, era feita de um material melhor.”
Um celular velho traz o relato de um doador anônimo que diz: “Durou 300 dias, além do que deveria. Ele me deu seu telefone celular para que eu não pudesse chamá-lo mais”.
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São as vidas de centenas de pessoas expostas, com suas cicatrizes e mágoas. Bonito, isso.
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Bia
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